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Volatilidade econômica exige diversificação e controle de custos, avaliam CFOs

Diretores financeiros de Vale, Simpar e XP participaram da Pop-Up InfoMoney na Expert XP 2025

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Edição invistaja.info e MarketMsg

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CPLE11 | Cresc.5anos: 0.0206 | P/L: 10.16 | Cotacao: 50.12 | ROIC: 0.0801 | ROE: 0.112 | P/ACL: -1.67

O turbulento cenário do comércio internacional e a volatilidade dos juros e ativos em 2025 devem reforçar estratégias de diversificação, controle de custos e gestão de caixa em companhias de capital aberto de diversos setores. Em palestra da Pop-Up (invistaja.info) na Expert XP 2025, os CFOs da Vale (VALE3), Simpar (SIMH3) e XP (XPBR31) reforçaram que o momento exige planos completos, de “A ao Z”.

Para o executivo financeiro da Simpar, Denys Ferrez, o histórico mostra que uma carteira de ativos diversificada é a maior força da empresa contra momentos de volatilidade como o atual.

“No fundo, tem algo praticado acima da posição de CFO do grupo, que é a diversificação de negócios, clientes e setores dos mais diversos no Brasil. Contratos de mais longo prazo”, disse.

+Dólar hoje sobe a R$ 5,56, seguindo exterior e de olho em tarifaço de Trump

Ferrez reforça que a holding de Movida, Vamos e JSL, por coincidência, chegou ao período de juros mais altos no Brasil — hoje em 15% — em um momento de foco em eficiência, após um ciclo de investimentos. Nos últimos quatro anos, ele calcula investimentos na ordem de R$ 60 bilhões feitos pelas oito empresas controladas.

No caso da Vale, cujo principal produto é o minério de ferro, não há uma correlação direta entre juros e produção. Por outro lado, o cenário cambial, influenciado pelas tarifas promovidas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve refletir na estratégia de proteção da companhia quanto aos custos.

“O câmbio afeta positivamente a receita, mas nossos custos são majoritariamente em reais, então eu tenho que fazer hedge [cobertura] dos meus custos em dólar. Qual é o nível ideal e onde devo fazer? É preciso trabalhar com diversos cenários e ter adaptabilidade”, afirmou o CFO da Vale, Marcelo Bacci.

Embora a Vale não tenha grande exposição ao mercado americano — cerca de 1% a 2% da receita —, a volatilidade cambial causada pelo aumento das tarifas globais gera um impacto indireto à companhia. Como a tendência é de valorização do dólar caso as tarifas sejam mantidas a partir de 1º de abril, prazo final para negociações estipulado por Trump, exportadores devem se beneficiar, ainda que o cenário crie uma “turbulência difícil de administrar”.

Para Bacci, carregar liquidez é uma das soluções de cobertura para a Vale: primeiro, porque é difícil prever a geração de caixa; segundo, porque no Brasil carregar caixa não é custoso, já que os juros da dívida têm taxas próximas às aplicações financeiras. Essa é uma característica à qual outros países estão começando a se acostumar. Com o aumento global das taxas de juros, carregar caixa está se tornando menos custoso entre essas companhias.

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O consenso entre os palestrantes foi que a redução de custos segue como palavra de ordem nas companhias.

“Hoje, gestão de despesas, retorno sobre investimentos, retorno sobre patrimônio e retorno sobre ativos estão incrustados no mindset da empresa. Olhamos isso toda terça-feira. É uma discussão viva: como reduzir a base de custos, seguir investindo e gerar eficiência ao mesmo tempo”, disse o CFO da XP, Victor Mansur.

Mansur dá como exemplo o período de 2021 a 2022, quando, capitalizada após seu IPO, com aporte do Itaú e com a tendência de alta nos mercados internacionais, a empresa expandiu em diversas frentes. “Em 2022 estávamos montando banco, seguradora, diversos negócios, e fomos pegos pela virada do mercado com um custo que não comportava aquele momento”, afirmou.

LCIs e LCAs

Para Mansur, a mudança na regulação de isenção de títulos como LCIs e LCAs proposta pelo governo deve impactar a oferta desses produtos no mercado. Como aqueles emitidos até o fim de 2025 seguem isentos, a tendência é de um aquecimento do fluxo de empresas emissoras em 2026.

“A velocidade com que as empresas querem emitir é maior do que a que os bancos conseguem estocar”, afirma Mansur. Ele diz que o efeito será que os títulos seguirão sendo distribuídos ao mercado em 2026.

Toda a mudança regulatória gera um movimento de volatilidade e ajuste de preço. Pelo que se conhece da regra, a ideia é que, a partir do ano que vem, produtos isentos tenham 5% de imposto, e até lá, não.

O efeito é que há uma oferta maior, com aquecimento muito forte do pipeline no mercado de capitais e várias empresas procurando seus bancos para fazer emissões. A velocidade com que as empresas querem emitir é maior do que a que os bancos conseguem estocar.

Os balanços dos bancos aumentarão em 2025 e isso será vendido para os clientes com isenção em 2026. Isso combina com o Brasil em um ano de eleição, no primeiro, segundo e terceiro trimestres.

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REFLEXÃO: Michael Kitces, conselheiro financeiro: Invista pensando no longo prazo, não especule, mas, não ignore as flutuações do mercado.

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