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Yduqs (YDUQ3) salta 10%, Cogna (COGN3) opera estável: resultados foram bons, mas por que desempenhos tão diferentes?

Analistas veem Cogna no caminho certo, mas com estrada grande para percorrer, enquanto reforçam visão positiva para Yduqs após balanço

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Depois de trimestres bastante desafiadores por conta da pandemia, as empresas de educação registram melhoras significativas em seus números, conforme foi sinalizado tanto pelo Cogna (COGN3) quanto pela Yduqs (YDUQ3) em seus números do primeiro trimestre de 2022.

Contudo, o desempenho entre elas é bem diferente. Enquanto YDUQ3 disparava, com salto de 10,66%, a R$ 16,72, por volta das 14h15 (horário de Brasília), COGN operava estável no mesmo horário, a R$ 2,61.

Apesar de ambas registrarem resultados celebrados por analistas, e com alta de lucro (de 58,7% para Cogna e 75,9% para Yduqs), o cenário em geral é visto como mais cauteloso para a Cogna, com analistas ainda tendo, em sua maioria, uma visão mais conservadora para a ação. Já para Yduqs, os dados positivos reiteraram a recomendação de compra ou equivalente de muitas casas de análise. Confira os destaques dos resultados:

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Yduqs: ganhos de margem e de escala

Já entre as preferências dos analistas no setor de educação, a Yduqs apresentou números do primeiro trimestre de 2022 que comprovaram o bom desempenho da companhia. O Bradesco BBI aponta em análise que a companhia está no caminho do crescimento de dois dígitos do lucro antes juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês).

A Yduqs reportou receita líquida ajustada 10% maior em base anual, com forte desempenho no ensino a distância (EAD) e no segmento premium, destaca análise do banco. O segmento de ensino a distância (EAD) continuou liderando o crescimento, com expansão de 28% no ano, impulsionado por um crescimento de 45% na base de alunos de graduação, parcialmente compensado pelo ticket médio 6% menor.  O forte crescimento das matrículas foi resultado de novos polos e amadurecimento de polos antigos.

Enquanto isso, o segmento premium (22% do total) cresceu 25% no período, refletindo um mix de maiores volumes (mais vagas nos curso de medicina e matrículas no IBMEC) e reajuste das mensalidades (9,1% em medicina e 11,5% no IBMEC). Por sua vez, o segmento presencial melhorou, com queda de 5% no ano, contra um recuo de 11% registrado no 4T21. A base de alunos da graduação reverteu a tendência e cresceu 1,6% em um ano, mas foi mais do que compensada por mensalidades 7% menores.

O valor das mensalidades, por sinal, foi tema da teleconferência de resultados nesta sexta-feira. Eduardo Parente, CEO da Yduqs afirmou que, na pandemia, a concorrência foi agressiva, com um ambiente de inflação que não foi repassado ao tíquete pelas companhias de educação. Ele disse que, agora, com a volta das salas de aula cheias, a empresa e outras do setor buscam a retomada de preços, com “um ambiente mais racional do que no passado”.

Isso vale inclusive para o EAD, por conta também de “uma compreensão maior do consumidor” do ambiente inflacionário como um todo.

A Yduqs sinalizou ainda esperar margem em alta em 2022.  Rossano Marques, CFO da empresa, afirmou que os negócios de margem maior vêm tendo crescimento levemente acima da média. Isso deve levar a um número  “um pouco maior” do que em 2021, em cerca de 1 e 2 pontos percentuais. No primeiro trimestre, a margem Ebitda (Ebitda sobre receita líquida) teve alta de 4,3 pontos percentuais, para 33,2%.

A recomendação do BBI para a ação é outperform (performance acima da média do mercado), com preço-alvo de R$ 23, destacando o valuation atual,  além da melhora esperada nos lucros e o forte posicionamento de mercado.” Observamos, no entanto, que esses bons resultados do 1T22 foram auxiliados por menores despesas de marketing, enquanto para o restante do ano nossa expectativa é de estabilização como porcentagem das receitas”, avaliaram os analistas.

O Credit destacou que a Yduqs registrou ganhos de margem no segmento presencial e crescimento no EAD. Os analistas destacam que as altas adições de alunos são um bom sinal de recuperação, mas continua o alerta para a possibilidade de uma alta evasão durante o primeiro semestre (pressões macroeconômicas sobre renda e inflação).

Entretanto, o Credit Suisse ressalta que o resultado continuou pressionado (R$ 76 milhões, 6,4% de margem líquida), já que o aumento das taxas de juros fez com que as despesas financeiras crescessem 36,8% na base anual. Mesmo assim, a empresa vem apresentando desempenho consistente apesar das pressões do setor e começa a se beneficiar novamente dos ganhos de escala. A recomendação de outperform (performance acima da média do mercado) foi mantida, com preço-alvo de R$ 35.

O Morgan Stanley destaca a forte captação de alunos, ainda que a preços mais baixos, com o segmento digital acima do esperado. Para o banco, a situação de balanço da Yduqs é confortável, com uma alavancagem de 1,7 vez, em boa posição para continuar investindo em transformação digital e M&A (fusões e aquisições) menores.

No setor de educação na América Latina, o Morgan Stanley destaca que prefere players alavancados pelo potencial de recuperação presencial e balanços sólidos, mas também com exposição ao ensino a distância, como a própria Yduqs.A recomendação é de overweight (peso acima da média do portfólio) com preço-alvo de R$ 28.

Cogna: caminho certo, mas ainda muito a percorrer

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Já para a Cogna, os analistas seguem vendo progresso nos números, mas ainda apontam que a companhia tem um longo caminho a percorrer, conforme ressaltou a XP em seu relatório de análise do balanço.

Rafael Barros, analista da XP, avalia que a companhia reportou resultados neutros. A receita líquida cresceu 6% ao ano (em linha com a estimativa), impulsionada pela Vasta, mas “atrapalhada” pela Kroton.

A margem Ebitda ajustada cresceu 3,6 p.p. na comparação anual, para 34,1% (1,5 p.p. acima da estimativa da XP), impulsionada principalmente por um aumento acentuado da margem da Vasta.

“Os resultados parecem indicar que a empresa está recuperando gradativamente sua lucratividade, embora ainda não vejamos sinais positivos suficientes para mudar nossa visão cautelosa em relação às ações”, afirma. A recomendação é neutra com preço-alvo de R$ 3,10.

Para o Credit Suisse, os esforços de recuperação, combinados com uma melhor disciplina de caixa, estão valendo a pena para a companhia. O desempenho operacional vem melhorando, o que é essencial para proporcionar conforto nos fluxos de caixa futuros dada a alta alavancagem (4,5x dívida líquida/Ebitda IFRS-16).

“Ainda assim, é importante lembrar que o setor pode sofrer pressões macroeconômicas (renda e inflação). Apesar do ingresso de alunos, o nível de evasão do primeiro semestre ainda é um fator a ser observado. Mas apreciamos que Cogna esteja melhor preparada para os ventos contrários que podem vir pela frente”, afirmam os analistas do Credit Suisse.A recomendação, contudo, segue underperform (desempenho abaixo da média do mercado) com preço-alvo de R$ 2,30.

O Bradesco BBI destacou que a companhia teve bons resultados, conforme o esperado. A Cogna reportou receita líquida 3% maior em base anual, excluindo as escolas Saber e a Vasta, vindo estritamente em linha com as estimativas da casa. A Kroton apresentou queda de 5% na receita, o que na estimativa da casa se deve ao recuo de 14% no presencial, parcialmente compensado por 11% de crescimento no ensino à distância (EAD).

Os analistas destacam que a base de alunos cresceu 12% em um ano, impulsionada por um forte crescimento de 22% nosingressos de novos alunos. A Vasta, por outro lado, apresentou sólido crescimento de 36% (ou 20% excluindo a Eleva), em linha com o guidance de R$ 1 bilhão que a Cogna forneceu ao mercado. Outros negócios ficaram praticamente estáveis (-1,5% no ano), devido principalmente a uma queda no programa de livros didáticos do PNLD. Contudo, a recomendação segue underperform (desempenho abaixo da média) para os ativos, com preço-alvo de R$ 2,40.

O Morgan Stanley seguiu a mesma linha, mantendo recomendação underweight (exposição abaixo da média) com preço-alvo de R$ 2,30 para o ativo, apesar de ver melhorias consecutivas nos resultados.

“Excluindo as vendas de escolas, a receita comparável aumentou 6%, primeiro crescimento em anos, e a margem bruta aumentou o que não ocorria há muitos trimestres, impulsionada pela Vasta, mas parcialmente compensada pela Kroton”, apontam.

Em teleconferência de apresentação de resultados, os executivos da companhia trouxeram sinalizações positivas, apontando esperar que receita e margens subam com alunos no ensino digital em 2023. CEO da companhia, Roberto Valério, afirmou que o custo de aquisição vem caindo por conta de canais mais fortes.

Ele afirmou que a empresa está privilegiando alunos digitais, o que impacta a receita por conta do valor menor pago pelo ensino digital. Mas, para 2023, a expectativa é elevar as margens e a receita por conta da adição de volume de alunos digitais, que ocorre sem muitos gastos adicionais.

A companhia, assim, destacou que a margem deve continuar em trajetória de alta nos próximos trimestres. O CFO da empresa, Frederico da Cunha Villa, afirmou que a margem vem subindo pela mudança de mix, com mais produtos complementares que têm margens maiores. Ele espera que o ganho recorrente de margem do primeiro trimestre se mantenha nos próximos, chegando a um patamar superior ao de 2020.

Os executivos também destacaram que os tíquetes médios de captação do presencial tiveram uma ligeira queda no primeiro trimestre de 2022, de menos de 2%. Segundo a diretoria, o volume presencial está crescendo de forma mais acelerada em produtos com valor menor, o que explica a queda no tíquete. No digital, a diretoria disse não ver perda de tíquete, ressaltando que há maior penetração do semipresencial.

Questionado sobre o repasse de preços em cursos de medicina no setor de educação, o CEO da Cogna, Roberto Valério, afirmou que não tem visto dificuldades na empresa, talvez por conta da distribuição das praças. Para veteranos, a empresa conseguiu repassar a inflação na rematrícula, e há repasses também para alunos novos, afirmou.

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REFLEXÃO: Harold Pollack, da Universidade de Chicago: Guarde entre 15 e 20% e invista em fundos de índices com taxa baixa.

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