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Ação do Magalu (MGLU3) fecha com queda de 10,6% em dia de dados fracos do setor e Copom; outras varejistas se recuperam

Dia é de forte baixa para os ativos, especialmente para MGLU3, tendo como destaque mais uma decepção com dados econômicos

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FRTA3 | P/ACL: -0.12 | Cresc.5anos: -0.2776 | P/Ativo: 0.342 | Pat.Liq: -64752000.0 | ROE: 0.0024 | Cotacao: 5.65

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BRASIL | invistaja.info — Enquanto o Ibovespa teve a sua quinta sessão seguida de ganhos, o dia foi negativo para algumas das principais ações de empresas com exposição ao e-commerce, após algumas sessões de alívio para os ativos.

O grande destaque negativo ficou para os papéis do Magazine Luiza (MGLU3), que caíram 10,63%, a R$ 6,81, chegando a ter baixa de 12,99% na mínima do dia. Já os ativos da Via (VIIA3) amenizaram fortemente a baixa, fechando em queda de 0,52%, a R$ 5,77, após chegarem a cair 6,38% na sessão. Os papéis da Americanas (AMER3) fecharam com alta de 2,65%, a R$ 30,59, após caírem 4,80% na mínima do dia.

Nesta quarta-feira, foram divulgados os dados de vendas no varejo de outubro, que mais uma vez decepcionaram ao registrarem variação negativa de 0,1% na comparação com setembro, ante projeção dos analistas da Refinitiv de alta de 0,8%. Na comparação anual, a baixa foi de 7,1%, ante expectativa de queda de 5,6%.

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Sete dos dez segmentos varejistas acompanhados pela pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) exibiram encolhimento das vendas reais entre setembro e outubro, já descontados os efeitos sazonais. Dentre eles, o segmento de móveis e eletrodomésticos, com baixa de 0,5%.

“Em linhas gerais, as atividades varejistas permanecem em trajetória cadente em meio à inflação persistentemente elevada, aperto das condições financeiras, aumento do endividamento das famílias e deslocamento de maior proporção do consumo privado do mercado de bens para o setor de serviços (decorrente da flexibilização das restrições sanitárias e maior mobilidade)”, aponta a equipe de análise econômica da XP Investimentos.

Depois da divulgação dos dados de vendas do varejo, o Citi reduziu as suas projeções para o crescimento econômico brasileiro para este ano e para o próximo.  Agora, o banco espera crescimento econômico de 4,5% em 2021, ante projeção anterior de 4,7%. Para 2022, a expectativa passou a alta de apenas 0,3% do PIB, contra expansão de 0,6% estimada previamente.

“As vendas no varejo confirmam a performance decepcionante da atividade, desencadeando rebaixamentos nas nossas projeções de crescimento”, destacou em relatório, complementando que, no geral, “esse resultado das vendas no varejo ratifica nossa preocupação de que o PIB pode não crescer neste trimestre (após contração tanto no segundo quanto no terceiro trimestres)”, afirmou.

O Citi também citou uma revisão recente na série histórica dos dados do PIB como justificativa para a piora em sua projeção para o desempenho da atividade econômica em 2022. O IBGE informou na semana passada que a economia teve contração de 0,4% no segundo trimestre na comparação com os três meses anteriores, contra queda de 0,1% divulgada anteriormente.

O dado de varejo precedeu a divulgação da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) em sua última reunião de 2021, com expectativa do consenso de mercado de elevação dos juros para 9,25% ao ano e novas altas no ano que vem, impactando as projeções de consumo em um cenário de atividade econômica já em desaceleração.

Inflação pesa

Ainda em destaque, a Levante Ideias de Investimentos aponta ainda a inflação do comércio eletrônico no país, que já é de 18,76% considerando o período de janeiro a outubro, acima do IPCA e do IGP-M.

A queda de 9% nos preços do online, resultante das ofertas da Black Friday em novembro, diminuiu esse aumento nos preços, porém ainda mantêm uma alta acumulada de cerca de 9,8% no ano, superando a prévia do IPCA para o mesmo período de 9,5%.

Passada a Black Friday, ainda foram observados novos reajustes nos preços de cerca de 2,4% em relação a outubro, segundo o Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo (Ibevar).

hotWords: queda varejistas fecha dados setor recuperam ação

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As classes de renda mais baixa têm contribuído menos para o avanço das vendas online nos últimos meses, destaca o Instituto, com as classes A e B ampliando de forma mais expressiva sua participação nas compras pelos canais digitais, de cerca de 10% para 16,5% da cesta de compras no comparativo entre o terceiro trimestre de 2021 e o mesmo período de 2020. A classe C já tem um avanço menos expressivo, de 8% para 9,6%, segundo a Kantar Consultoria.

“Embora houvesse grande expectativa de que as vendas da Black Friday compensassem as margens do terceiro trimestre abaixo do esperado pelas varejistas, dados divulgados por empresas de pesquisas indicaram uma Black Friday também mais fraca, com a piora do cenário macroeconômico, resultando na alta da inflação e da taxa de juros”, avaliam os analistas. Por conta disso, foi observado um movimento de descontos menores pelas varejistas, com a inflação de eletrônicos apresentando uma alta de aproximadamente 25% no acumulado de dois anos.

Agora, apontam, as varejistas Magazine Luiza, Via e Lojas Americanas têm apostado nas compras de Natal, embora já considerem vendas menores por conta do cenário macro, pesando fortemente para o setor. Os ativos acumulam baixas de 72% (MGLU3), 65% (VIIA3) e 61% (AMER3) no ano, entre os piores desempenhos do Ibovespa em 2021.

Queda no preço das ações

Cabe ressaltar que, mesmo em meio à forte baixa acumulado para os ativos, muitas casas de análise seguem reticentes com os papéis. Na véspera, o BTG Pactual reduziu a recomendação para os papéis da VIIA3 para neutra, reduzindo o preço-alvo de R$ 21 para R$ 8, ainda um potencial de alta de 38% frente o fechamento da véspera.

A revisão se baseia na combinação de maior competição, exposição ao segmento de eletrônicos e eletrodomésticos e incertezas com relação às provisões futuras e monetização de créditos fiscais em seu balanço patrimonial, o que, para o banco, poderia afetar a capacidade da empresa de investir no crescimento de sua operação.

“Embora a Via tenha seguido os principais players e investido em níveis de serviço para redução de tempo e custo de entrega, o que poderia ajudar a empresa em termos de competitividade para atrair consumidores e vendedores para sua plataforma, ainda vemos um cenário desafiador no curto prazo, com uma base comparativa mais difícil em relação ao ano passado, um cenário mais competitivo para o e-commerce e as provisões recentemente anunciadas esperadas para os próximos anos”, destacaram os analistas.

O banco reduziu o preço-alvo de Magalu de R$ 26 para R$ 16, mas manteve recomendação de compra, destacando que a companhia será uma das vencedoras do e-commerce brasileiro. A recomendação para AMER3 também é de compra, com preço-alvo de R$ 45, apontando que o recente negócio que culminou na fusão da LAME com a B2W (dando origem à Americanas SA) deve desbloquear valor, com a AMER a ser vista (e avaliada) como um player multicanal.

Já em relatório desta semana em que trouxe a percepção de investidores locais sobre o setor de varejo, a equipe de análise da XP destacou que a visão negativa com e-commerce permanece. “Encontramos investidores mais céticos com o cenário estrutural do segmento, enquanto a perspectiva de curto prazo é bastante negativa”, avaliam.

A visão dos analistas da casa segue cautelosa para o segmento, por acreditarem que os resultados de curto prazo devam permanecer pressionados devido a maior competição e deterioração macroeconômica. “Contudo, a alocação no segmento permanece baixa e, com isso, podemos ver uma recuperação dos preços das ações no curto prazo caso haja um movimento de cobertura de posições vendidas frente a notícias mais positivas do lado macro (o que não é o cenário base neste momento)”, avaliam.

(com informações da Reuters)

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REFLEXÃO: Tim Hanson, da Motley Fool: Compre ações impressionantes por preços que não refletem sua grandiosidade.

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