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Bradesco (BBDC4), Itaú (ITUB4), Santander (SANB11) e BB (BBAS3): UBS e Goldman traçam o que esperar dos balanços

Expectativa é que número de empréstimos aumente mas, do outro lado, qualidade das carteiras deve cair

Informação para traders e investidores

Edição invistaja.info e MarketMsg

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PDGR3 | Liq.Corr.: 0.29 | Cotacao: 1.12 | Pat.Liq: -5499090000.0 | ROIC: -0.0457 | Cresc.5anos: -0.0637 | DY: 0.0

A temporada de balanços se aproxima e, com isso, investidores começam a definir suas expectativas para os resultados do quarto trimestre. Para os bancos, as visões são um pouco divergentes, com, de um lado, crescimento da carteira de crédito e, do outro, a ameaça de um aumento da inadimplência.

“Dados do Banco Central mostram expansão do crédito em 3% nos dois primeiros meses do quarto trimestre, concentrada principalmente no crédito de varejo”, destacam os analistas Thiago Batista, Olavo Arthuzo e Philip Finch, do UBS.

Eles ressaltam também o crescimento dos empréstimos disponibilizados para pequenas e médias empresas, que agora são 44% de todos o crédito disponibilizado para jurídicas, e para o avanço do número de contas abertas, que chegou a 788 milhões, alta de 6% na base trimestral.

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Do outro lado, porém, o banco vê também um possível crescimento da inadimplência e também dos custos de risco nos últimos três meses de 2021.

Os analistas do Goldman Sachs Tito Labarta, Tiago Binsfeld e Beatriz Abreu, endossam parcialmente esse último argumento, afirmando que o crescimento do crédito junto com a desaceleração econômica e a aceleração da inflação pode prejudicar os resultados (levando a um aumento de provisões, por exemplo). Apesar disso, para eles, boa parte dessas ameaças já estariam precificadas.

Banco do Brasil, Bradesco e Itaú são preferidos

“Nossas escolhas preferidas são para o Banco do Brasil (BBAS3) e Bradesco (BBDC4), que estão negociando de forma muito descontada e que devem apresentar ganhos resilientes”, comentam Labarta, Binsfeld e Abreu. Ambos têm recomendação de compra pelo banco americano e preços-alvos fixados em, respectivamente, R$ 46 e R$ 26.

O Banco do Brasil, para o Goldman Sachs, deve ver seu retorno sobre patrimônio médio cair, por conta de maiores provisões. “Esperamos que as provisões aumentem 32% no comparativo trimestral, uma vez que o custo de risco aumenta 50 pontos-base na mesma base, chegando a 2,7%, e a qualidade dos ativos se deteriora ligeiramente”, dizem.

Já o Bradesco, segundo os analistas, pode trazer um crescimento saudável da carteira de crédito (de 2% no trimestre e 16% no ano), levando a uma expansão da receita provinda de juros (5% no trimestre e 22% no ano) – que deve ser parcialmente mitigada pela alta das provisões (15% no trimestre e 22% no ano), com o custo do risco avançando 30 pontos-base ante o terceiro trimestre, para 2,6%.

Projeções do Goldman Sachs para o BB e Bradesco: 

Banco do Brasil: Receita líquida de R$ 15,8 bilhões e lucro líquido de R$ 3,6 bilhõesBradesco: Receita líquida de R$ 16,4 bilhões e lucro líquido de R$ 4,8 bilhões

O top pick para o UBS entre os bancos brasileiros é o Itaú (ITUB4), que deve trazer melhores margens, com a receita provinda de investimentos próxima ao topo daquilo que era previsto no guidance. 

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Apesar de uma provável deterioração da qualidade dos empréstimos, essa deve ser compensada. A expectativa do banco americano é que o lucro do Itaú cresça 3% na base trimestral, chegando a R$ 7 bilhões, e o retorno sobre patrimônio médio (ROAE, na sigla em inglês) chegue a 19,9%. Além disso, o Itaú, para o UBS, traz um crescimento orgânico sólido da sua carteira.

O Goldman Sachs, porém, não vê a receita do Itaú avançar, prevendo queda de 2% na base trimestral, ficando em R$ 19,1 bilhões. O pessimismo do banco é explicado pela visão de uma maior pressão nas margens dos lucros com juros, que deve recuar 20 pontos-base, para 3,8%, que deve minimizar o crescimento de 4% da carteira de crédito. O lucro líquido deve recuar 1% na comparação com o terceiro trimestre, para R$ 6,7 bilhões.

Para UBS e GS, Santander Brasil deve ter recuo dos lucros

Como consenso entre os dois grupos de analistas, está a provável queda dos lucros do Santander Brasil (SANB11). O UBS aponta que os lucros recorrentes devem diminuir 3,8% na base trimestral, para R$ 4,1 bilhões, com resultados mais fracos nos tradings e cobrança maior de impostos, que foram “anormalmente pequenos no terceiro trimestre”).

O Goldman Sachs vê a receita do Santander avançando 1% na base trimestral, para R$ 14,7 bilhões, mas o lucro ficando estável, também por conta dos tributos. “Esperamos uma expansão saudável da carteira de crédito (aumento de 3% no trimestre e 14% no ano), enquanto a margem financeira deverá crescer abaixo dos empréstimos numa base trimestral devido a uma margem de juros mais baixa”, comentam.

Apesar disso, o banco elevou a recomendação das ações unitárias do Santander Brasil de venda para neutra, com preço-alvo em R$ 34, sem modificações, uma vez que avalia que os riscos negativos para as ações já estão precificados e que a lucratividade deve seguir saudável.

Goldman Sachs eleva recomendação de Itaúsa para compra

Em sua última análise, o Goldman Sachs elevou a recomendação para as ações preferenciais da Itaúsa (ITSA4) para compra, apesar do preço-alvo ter caído 3%, para R$ 12 (upside de 33% em relação ao fechamento dessa quinta-feira). “Vemos os papéis como uma forma barata de exposição a investimentos que combinam crescimento, como a XP, e qualidade, como o Itaú”, explicaram.

O UBS ainda traça expectativas para o Nubank e para o Inter (BIDI11), ambos com recomendação de compra.

Para o primeiro, os analistas esperam um crescimento forte do número de clientes, chegando a 52 milhões, impulsionados pela oferta pública, apesar de ver um prejuízo líquido de R$ 15 milhões. Além disso, a expectativa é que a carteira de crédito alcance US$ 6 bilhões, crescendo 14% no trimestre e 81% no ano.

Para o Inter, os analistas apontam que os principais dados operacionais do quarto trimestre já foram divulgados, com o número de clientes já tendo surpreendido positivamente. Para o lucro líquido, a expectativa é de R$ 55 milhões, com a carteira de crédito chegando a R$ 18,3 bilhões, alta de 15,7% na base trimestral e de 94,6% na anual.

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