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Desaceleração, mas no rumo de forte recuperação em 2021: como os economistas viram o PIB da China do 2º tri

Alta de 7,9% da atividade na base anual gerou alívio em algumas preocupações do mercado após corte de compulsórios, mas recuperação desigual segue no foco

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Edição MarketMsg e invistaja.info

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CEEB3 | ROIC: 0.1016 | Liq.2meses: 112243.0 | Cresc.5anos: 0.1255 | Cotacao: 41.49 | P/EBIT: 5.29 | EV/EBITDA: 7.23

A economia da China cresceu levemente menos do que o esperado no segundo trimestre, pressionada pelos custos mais altos das matérias-primas e por novos surtos de Covid-19, conforme aumentam as expectativas de que as autoridades podem ter que fazer mais para sustentar a recuperação.

O Produto Interno Bruto (PIB) expandiu 7,9% entre abril e junho sobre o mesmo período do ano anterior, mostraram dados oficiais nesta quinta-feira, contra expectativa de alta de 8,1% em pesquisa da Reuters com economistas. O dado, contudo, foi praticamente em linha com as estimativas do The Wall Street Journal.

“A economia da China manteve uma recuperação estável”, disse o National Bureau of Statistics (NBS), equivalente ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em um comunicado. Mas a instituição acrescentou que ainda há preocupações sobre a propagação global da pandemia e sobre a recuperação “assimétrica” internamente.

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O crescimento desacelerou de forma significativa ante o recorde de 18,3% no primeiro trimestre, quando a taxa anual foi fortemente afetada pela queda provocada pela Covid-19 no primeiro trimestre de 2020.

As vendas no varejo e a produção industrial cresceram de forma mais lenta em junho, com a indústria afetada por forte queda na produção de veículos motorizados, enquanto outros números também mostraram enfraquecimento do mercado imobiliário da China, importante motor do crescimento.

Mas os dados de atividade de junho ainda superaram as expectativas, garantindo algum alívio aos investidores preocupados com uma desaceleração depois de o banco central anunciar afrouxamento monetário na semana passada.

“Os números ficaram marginalmente abaixo de nossa expectativa e da expectativa do mercado, (mas) acho que o ímpeto ainda é bastante forte”, disse a economista do UOB Woei Chen Ho.

O crescimento médio no segundo trimestre em 2020 e 2021 foi de 5,5%, contra média de 5% para o primeiro trimestre, de acordo com a Agência Nacional de Estatísticas.

Na comparação trimestral, o PIB expandiu 1,3% entre abril e junho contra expectativa de alta de 1,2% em pesquisa da Reuters. A agência revisou para baixo o crescimento no primeiro trimestre sobre o quarto para 0,4%. “A recuperação econômica doméstica é desigual”, disse Liu Aihua, autoridade da agência. “Também precisamos ver que a epidemia global continua a evoluir, e existem muitas instabilidades externas e fatores de incerteza.”

Para Chaoping Zhu, estrategista de mercado global da JPMorgan Asset Management, “no geral, a economia da China parece estar no caminho da recuperação, com a meta de crescimento anual de 6% ao alcance”.

“No entanto, os riscos estruturais e de baixa na demanda doméstica são preocupantes”, disse ele em nota, apontando para o fraco crescimento do crédito de longo prazo e a incerteza sobre a regulação do mercado.

Yi David Wang e Irene Feng, economistas do Credit Suisse, destacaram em relatório que a desaceleração da economia já estava embutida na perspectiva e, inclusive, este resultado aumenta os caminhos viáveis ​​para o crescimento anual da China atingir 8,2% para o ano (previsão atual do banco), adicionando até mesmo alguns “riscos de alta”.

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“Qualquer preocupação de que o recente corte de depósitos compulsórios (que nos surpreendeu em seu escopo) indicaria que a recuperação da China está vacilando e merece mais suporte por meio de políticas do governo parece ser exagerada”, avaliam Wang e Irene. Na sexta, a China anunciou a liberação de um trilhão de yuanes, equivalente a US$ 145 bilhões, na economia.

Os dados da agência mostraram ainda que a produção industrial da China cresceu 8,3% em junho sobre o ano anterior, contra alta de 8,8% em maio. Economistas esperavam avanço de 7,8%.

As vendas no varejo avançaram 12,1% sobre o ano anterior em junho, contra expectativa de ganho de 11,0% depois de alta de 12,4% em maio. A categoria de crescimento mais rápido foi a de bebidas, com alta de 29,1% ano-a-ano.

Para o Credit Suisse, a economia da China definitivamente ainda está se recuperando. No entanto, parece haver dois componentes da economia – infraestrutura e consumo doméstico – que ainda estão atrasados ​​em suas recuperações.

“Temos perspectivas cautelosas em ambos para o restante do ano, e são as principais razões pelas quais hesitamos em revisar nossa projeção anual no momento, apesar dos riscos de alta. A principal diferença é que o fraco crescimento da infraestrutura é induzido por políticas, enquanto a recuperação mais lenta do consumo é um reflexo do crescimento da renda disponível abaixo do ideal e, portanto, mais estrutural”, apontam os economistas.

A preocupação do Credit com relação ao consumo das famílias leva em consideração a avaliação de que o desemprego urbano parece ter se estabilizado em torno do nível de 5%, sugerindo uma retração contínua do mercado de trabalho, apesar da recuperação. “O desemprego entre os jovens adultos, grupo com maior propensão marginal a consumir, é provavelmente muito maior do que a média nacional. Com isso, reiteramos nossa visão cautelosa sobre a velocidade de recuperação do consumo na China”, destacam.

Por outro lado, Woei Chen, do UOB, avaliou com otimismo os dados de consumo. “Nossa maior preocupação é a recuperação desigual que temos visto até agora, e para a China a recuperação no consumo doméstico é bastante importante…as vendas no varejo este mês foram fortes e isso pode aliviar algumas preocupações.”

Já com relação a outros setores, os gastos com investimentos por parte das empresas devem permanecer fortes. O Credit aponta que as exportações de máquinas em geral, equipamentos elétricos, componentes de máquinas e ferramentas permaneceram em níveis elevados e melhoraram até agora no segundo trimestre.

“Olhando para o futuro, apesar da mudança de consumo em alguns mercados desenvolvidos, mantemos nossa visão de que a demanda externa da China permanecerá robusta ao longo do segundo semestre porque as atividades de produção industrial global devem permanecer fortes devido ao apoio dos investimentos empresariais e esforços de reabastecimento, o que apoiaria a demanda por bens intermediários e de capital”. Assim, a visão geral é de recuperação na China, mas ainda há alguns pontos de atenção a serem observados de perto pelo mercado.

(com Reuters)

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