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Magalu (MGLU3), Via (VIIA3), Americanas (AMER3): com Copa no final do ano, perspectivas para varejo no 4º tri dividem analistas

Clima é de otimismo para o cenário geral mas proximidade de eventos gera duvidas quanto à participação de gastos dos consumidores

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Edição invistaja.info e MarketMsg

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O quarto trimestre do ano é, normalmente, o período mais forte para uma empresa varejista, seja ela do setor de eletrodomésticos, de roupas ou, até mesmo, de consumo essencial. Black Friday, Natal e a virada de ano costumam ser datas que levam pessoas às compras, em meio às confraternizações. Em 2022, outro grande evento, a Copa do Mundo, acontece pela primeira vez no mesmo intervalo – e sua proximidade com os demais divide as perspectivas dos analistas.

A Copa do Mundo, normalmente, também tende a ser um impulsionador das vendas das varejistas. Pessoas compram novas televisões para acompanhar os jogos, buscam camisetas das seleções e gastam em supermercados para acompanhar as partidas em grupo.

Contudo, para um analista escutado pelo (MarketMsg), e que preferiu não se identificar, a palavra que define, contudo, o final do ano das varejistas é “incerteza”.

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“Se for olhar o calendário do final de ano, o primeiro jogo do Brasil na Copa é na véspera da Black Friday. O segundo jogo vai ser na Cyber Monday. O cenário, então, está incerto”, expôs.

Segundo ele, há dois principais fatores que nublam como será o fim de ano para companhias como a Magazine Luiza (MGLU3), Americanas (AMER3) e Via (VIIA3): o comprometimento de renda e o menor número de pessoas na rua em meio aos jogos.

“A pessoa que compraria uma TV no meio do ano, por conta da Copa, esse ano talvez não compre. Talvez ela espere a Black Friday. Mas talvez a compra da Black Friday pode ficar comprometida porque ela adquiriu a TV um pouco antes, para os jogos”, contextualiza o analista.

Um intervalo maior entre a Copa do Mundo e a Black Friday daria mais espaço, teoricamente, para as pessoas se “recuperarem” das compras feitas para o Mundial de Futebol. Com a proximidade, é possível que o dinheiro disponível que as pessoas tenham para gastar em todos os eventos seja menor.

Gastos divididos entre consumo e experiências

Ainda neste sentido, é possível que uma maior parte da renda, durante a Copa, se dirija para as “experiências”, com a população gastando mais ao frequentar bares, por exemplo.

“Conversamos, há pouco tempo, com alguns players do varejo. Um deles falou que, há algum tempo, o principal concorrente dele está sendo a CVC Brasil (CVCB3). As pessoas estão gastando mais com viagens e experiências do que em bens de consumo e a Copa do Mundo pode intensificar isso”, comenta.

Varejistas de consumo essencial, como supermercados, podem se beneficiar nesta frente, com as pessoas se preparando para mais eventos dentro de casa.

“A participação dos setores nos gastos dos consumidores está mais turva. As pessoas estão gastando mais com serviços, experiências, bares. E isso pode se fortalecer durante a Copa”, contextualiza o analista.

Do outro lado, o evento esportivo tende também a retirar as pessoas da rua. Segundo um levantamento feito pela XP Investimentos, usando dados da SPTrans, em 2018, ano do último mundial de seleções, a circulação de pessoas na cidade de São Paulo caía de 20% a 25% em dias de jogos do Brasil, o que impacta, de forma direta, o fluxo nas lojas físicas.

Algo parecido, de acordo com a corretora, também acontece no online, com a presença nos sites também comprometida.

Em relatório sobre o setor de shoppings centers, o Morgan Stanley definiu o recuo da presença de pessoas nas lojas físicas como “efeito Neymar”.

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“A lógica vai nessa linha: 40% das vendas anuais de muitos lojistas ocorrem no período de compras de fim de ano. Quando o Brasil joga, o tráfego de pedestres diminui em aproximadamente 50%. Assim, se o Brasil avança na fase de grupos (provável) e começa a jogar nos finais de semana, há certo perigo”, defende a equipe do banco americano, chefiada por Nikolaj Lippmann.

Wagner Chavez, sócio e analista de ações da SFA Investimentos, vai no mesmo caminho.

“Se por um lado a Copa do Mundo faz com que a atenção das pessoas se volte para o evento esportivo, reduzindo o fluxo até em sites e aplicativos digitais, existe nessa época uma grande demanda por compra de novos televisores, o que pode ajudar a impulsionar a venda de algumas companhias”, debate. “Mas temos alguma preocupação de que a participação no orçamento das pessoas seja muito alta, gerando portanto menos vendas do que se os eventos fossem em datas separadas”.

Ricardo Borges, da mesma casa, defende que no setor de vestuário apesar do menor fluxo nas lojas, é esperado que as compras programadas não deixem de correr, por conta das festividades.

“Além disso, são poucos os jogos ou potenciais jogos do Brasil que caem em dias da semana que são realmente relevantes para a categoria (um deles é a própria final, se o Brasil chegar lá)”, explica Borges.

Proximidade de eventos pode se dissipar por conta de maior extensão da Black Friday

Apesar da proximidade da Copa com a Black Friday, por exemplo, a percepção dos analistas é também que, no Brasil, as ofertas deste evento se estendem.

“Aqui no Brasil, a Black Friday vira Black Week e até Black Month”, diz Heitor de Nicola, assessor de Renda Variável da Acqua Vero Investimentos. “Segundo uma pesquisa da Abcomm [Associação Brasileira de Comércio Eletrônico], a Copa do Mundo, junto com Natal e Black Friday, deve injetar na economia cerca de R$ 20 bilhões”.

Para o especialista, setores como o de varejo de alimentação e de vestuário esportivo podem receber um impulso durante a Black Friday, com as pessoas aproveitando o período para se preparar para a Copa.

“Não vemos, por conta dos jogos, uma relação muito forte na queda das vendas. Na pandemia, com o varejo fechado, já tínhamos as compras direcionadas no online. O e-commerce ganhou força e, apesar das lojas físicas terem se recuperado parcialmente, as compras devem continuar”, diz Nicola.

De qualquer forma, a perspectiva, para a maioria dos analistas, é que as vendas serão fortes – com a questão sendo mais a divisão da renda entre os diferentes setores.

A recente deflação, a queda do desemprego e a existência de uma pequena parte da demanda reprimida durante a pandemia podem tornar o cenário mais propício para as varejistas. Além disso, o possível fim do ciclo de alta de juros também é visto com otimismo.

“ Muitas pessoas perderam seus empregos, tiveram que se recolocar. Portanto, ainda não consumiram o que deixaram de consumir na pandemia. Outro ponto é que tivemos uma grande alta de preços com a inflação e, agora, com inflação caindo um pouco e preços voltando ao normal, as pessoas tendem a gastar um pouco mais”, pontua Rodrigo Cohen, co-fundador da Escola de Investimentos.

A XP Investimentos, em relatório sobre o assunto publicado em agosto, também destacou dúvidas, com “efeitos diferentes entre as categorias”.

“Bens duráveis e TVs provavelmente devem ganhar participação, empresas de consumo discricionário, dependentes da circulação de pessoas, podem enfrentar e varejo alimentar beneficiado pela maior procura por itens para os dias de jogos do Brasil”, dizem os analistas da corretora, liderados por Danniela Eiger. “No entanto, uma venda da Black Friday mais espalhada, com orçamento apertado dos consumidores e comemorações de fim de ano, pode mitigar parcialmente o efeito dessa sobreposição. Assim, vemos Grupo Mateus (GMAT3) e Assaí (ASAI3) como os mais bem posicionados, enquanto Magalu, Via, Multilaser (MLAS3) e Alpargatas (ALPA4) podem ter riscos em alta”.

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REFLEXÃO: Morgan Housel: Se preocupe somente quando você achar que tiver tudo resolvido.

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