Publicidade

Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta sexta-feira – 19/2

Investidores repercutem falas de Bolsonaro sobre Petrobras e resultado do IRB; bolsas mundiais em leve alta e mais destaques desta sexta

Negociando na bolsa de valores

palavras-chave: Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta sexta-feira – 19/2; invistaja.info;


MARINGÁ | invistaja.info — Enquanto as bolsas mundiais têm leves ganhos após as perdas da véspera, o grande destaque da sessão desta sexta-feira na Bolsa brasileira fica para a repercussão das declarações do presidente Jair Bolsonaro após o reajuste de preços de combustíveis feito pela Petrobras na última quinta-feira e que, a princípio, havia animado os analistas de mercado (veja mais aqui), apesar de monitorarem de perto a reação das categorias mais atingidas.

Em live nas redes sociais, Bolsonaro anunciou que a partir de 1º de março não haverá qualquer imposto federal incidindo sobre o preço do óleo diesel. Bolsonaro considerou o reajuste anunciado hoje pela Petrobras como “fora da curva” e “excessivo”. Ele reforçou que não pode interferir na estatal, mas ressaltou que “vai ter consequência”, o que deve impactar as ações da estatal na sessão desta sexta-feira. No Brasil, atenção ainda para a continuidade da temporada de balanços, com destaque para o resultado do IRB (veja aqui). Confira mais destaques:

1.Bolsas mundiais

+IGP-M acumula taxa de inflação de 28,64% em 12 meses, diz FGV

Os índices futuros americanos e as bolsas europeias têm altas nesta sexta (19). Na quinta (18), as bolsas americanas acumularam quedas, com preocupações quanto ao aumento dos juros de títulos do Tesouro americano e com o aumento da inflação levando a uma pausa na série de altas recentes nos mercados globais.

Os juros das notas do Tesouro dos Estados Unidos com vencimento em dez anos superou a marca de 1,3%. Juros tendem a aumentar junto à expectativa de inflação, à medida que investidores nesse tipo de papéis acreditam que bancos centrais podem reduzir suas compras de ativos, respondendo aos sinais de aceleração da economia.

Além disso, juros mais altos também podem significar pagamentos maiores para que grandes empresas financiem suas dívidas, o que altera o ambiente para investimentos. Há também temor de que a migração de investidores para esses títulos reduza o volume de recursos disponível nos mercados de ações, contribuindo para sua queda.

Nas negociações de overnight, os principais índices futuros americanos tinham leves quedas. A secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, afirmou à rede de notícias CNBC que um grande pacote de estímulos ainda é necessário para fazer com que a economia se reaqueça.

Na Europa, o primeiro-ministro britânico Boris Johnson deve conduzir uma reunião virtual com líderes importantes do G7, que reúne os países mais industrializados do mundo: Japão, Itália, Reino Unido, Alemanha, Estados Unidos, França e Canadá. Ele deve anunciar a ambição de reduzir o tempo de desenvolvimento de novas vacinas em dois terços, para 100 dias.

Na Alemanha, o órgão regulador do país afirmou na quinta-feira que a vacina desenvolvida entre a farmacêutica AstraZeneca e a Universidade de Oxford é “altamente eficaz”, e que efeitos colaterais têm curta duração.

Investidores também reagem à divulgação do índice PMI (sigla em inglês para índice do gerente de compras) composto da Zona do Euro, que combina a atividade dos setores de manufatura e serviços, que subiu de 47,8 pontos em janeiro para 48,1 pontos em fevereiro. Qualquer leitura abaixo de 50 pontos indica retração da atividade; acima, expansão.

O índice PMI da Alemanha subiu de 50,8 pontos em janeiro para 51,3 em fevereiro. O da França foi de 47,7 pontos em janeiro para 45,2 pontos em fevereiro.

As principais bolsas asiáticas têm resultados variados entre si, respondendo à retração dos principais índices americanos nas negociações de overnight.

Os índices de preços do consumidor japonês teve queda de 0,6% em janeiro em comparação com um mês antes, marcando seis meses de quedas na comparação anual, de acordo com a agência internacional de notícias Reuters.

Veja os principais índices às 7h40 (horário de Brasília):Estados Unidos*S&P 500 Futuro (EUA), +0,25%*Nasdaq Futuro (EUA), +0,35%*Dow Jones Futuro (EUA), +0,18%Europa*Dax (Alemanha), +0,44%*FTSE 100 (Reino Unido), estável*CAC 40 (França), +0,45%*FTSE MIB (Itália), +0,11%Ásia*Nikkei (Japão), -0,72% (fechado)*Hang Seng Index (Hong Kong), +0,16% (fechado)*Kospi (Coreia do Sul), +0,68% (fechado)*Shanghai SE (China), +0,57% (fechado)Commodities e bitcoin*Petróleo WTI, -1,73%, a US$ 59,47 o barril*Petróleo Brent, -1,2%, a US$ 63,16 o barril*Bitcoin, +2,20%, a US$ 52.869,70Sobre o minério: **Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian com queda de 0,31%, cotados a 1117,0 iuanes, equivalente hoje a US$ 172,20 (nas últimas 24 horas).USD/CNY = 6,49

2. Agenda de indicadores

Às 6h foi divulgado o índice de transações correntes na Zona do Euro. O índice com ajuste sazonal veio em 36,7 bilhões de euros, frente a 24,8 bilhões de euros da medição anterior.

No mesmo horário foi divulgado o índice PMI composto da Zona do Euro Markit relativo a fevereiro, que veio em 49,8 pontos, acima da expectativa média de analistas, de 42,2 pontos. A medição anterior viera em 41,2 pontos. O PMI industrial na Zona do Euro em fevereiro veio em 54,9 pontos, frente à expectativa de 53,2 pontos. A medição anterior viera em 54,1 pontos. O PMI do setor de serviços veio em 49,7 pontos, frente à expectativa de analistas de 41 pontos. A medição anterior fora de 39,5 pontos.

Às 11h45 serão divulgados os índices PMI Markit composto, do setor de serviços e do setor de manufatura, relativos a fevereiro. Às 12h são divulgados dados de vendas de casas já existentes, em janeiro nos Estados Unidos. Às 13h, Eric Rosengren, presidente do Fed de Boston, fala em um Simpósio Econômico de Yale.

3. Bolsonaro fala em mudança na Petrobras

Em sua transmissão semanal nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou na quinta que, a partir de 1º de março, a cobrança de impostos federais sobre o gás de cozinha cairá a zero “para sempre”. Além disso, o presidente prometeu zerar por dois meses, contados a partir de 1º de março, os impostos federais sobre o óleo diesel, no que pode ser um aceno favorável a caminhoneiros que vêm se mobilizando em torno do tema e ensaiaram uma paralisação no início de fevereiro.

Anuncie no invistaja.info

Mais cedo na quinta, o presidente da Abrava (Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores), Wallace Landim, conhecido como Chorão, havia divulgado uma nota reclamando do anúncio de um novo aumento de preços de combustíveis feito pela Petrobras. Chorão foi um dos articuladores da greve de caminhoneiros de 2018, e cobrou que o presidente Bolsonaro reduzisse os impostos cobrados sobre os combustíveis.

“O que nos faz questionar onde está a palavra do governo federal que na pessoa do presidente da República sinalizou a diminuição dos impostos federais dos combustíveis e vamos para o quarto aumento consecutivo em menos de 30 dias se mantendo inerte e nada fez de concreto até o presente momento”, diz a nota .

Em sua live, Bolsonaro afirmou que considerou o aumento anunciado pela Petrobras, o quarto do ano, “fora da curva” e “excessivo”. “Não posso interferir nem iria interferir [na estatal]. Se bem que alguma coisa vai acontecer na Petrobras nos próximos dias, tem de mudar alguma coisa”, afirmou. A empresa afirmou na quinta que não comentará a fala do presidente.

Além disso, a Câmara dos Deputados marcou para esta sexta, às 17h, a sessão para decidir se mantém ou derruba a prisão do deputado bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ), que foi mantida na quinta (18) pelo juiz Airton Vieira, após audiência de custódia.

Silveira foi preso em flagrante na quarta (17) por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, após divulgar um vídeo em que defendeu o AI-5 (Ato Institucional número 5), mecanismo de repressão da ditadura militar que levou ao fechamento do Congresso e de Assembleias Legislativas de estados, a instituição da censura prévia, a destituição de parlamentares e a suspensão de direitos políticos de cidadãos considerados “subversivos”. Silveira também defendeu a destituição de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). Ambas as reivindicações são inconstitucionais.

Na quinta, o presidente do Supremo, Luiz Fux, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) se reuniram. Lira negou que a prisão de Silveira tenha sido discutida, mas afirmou que “não há qualquer tipo de crise entre os poderes”, e que o caso do deputado é “absolutamente fora da curva”. Em entrevista publicada no jornal Folha de S. Paulo, o Fux afirmou que ataques e ameaças a ministros da corte serão “repugnadas” de maneira coesa pelo plenário do tribunal, “venham de onde vierem”.

4. Covid e PEC emergencial

O consórcio de veículos de imprensa que sistematiza dados sobre Covid coletados por secretarias estaduais de Saúde no Brasil divulgou, às 20h de quinta (18), o avanço da pandemia em 24 h no país. A média móvel de mortes em 7 dias foi de 1.030, queda de 2% em relação ao patamar registrado 14 dias antes. Em apenas um dia houve 1.432 mortes, a quinta maior marca já registrada.

A média móvel de casos confirmados em 7 dias foi de 44.621, queda de 5% frente ao período encerrado 14 dias antes. Em apenas um dia foram registrados 49.368 casos.

Até o momento, 5.558.105 pessoas receberam a primeira dose da vacina contra a covid no Brasil, o equivalente a 2,62% da população. A segunda dose foi aplicada em 837.094 pessoas, ou 0,40% da população. Analistas vêm apontando a velocidade da imunização como um dos fatores a influenciarem a retomada da economia.

Está marcada para quinta-feira (25) a votação, no plenário do Senado, da PEC (proposta de emenda à Constituição) emergencial, que cria gatilhos para a contenção de despesas de União, estados e municípios, promovida pelo governo de Jair Bolsonaro. Em troca, o presidente comprometeu-se com líderes do Congresso Nacional a enviar uma medida provisória propondo a retomada do auxílio-emergencial, pago a pessoas em vulnerabilidade social em decorrência da pandemia.

Segundo o jornal Valor, parlamentares se reuniram na quinta para tratar do assunto, dentre eles, o presidente da Câmara, Arthur Lira, o relator da PEC emergencial, Márcio Bittar (MDB-AC), o líder do governo Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), o líder da minoria, Jean Paul Prates (PT-RN), e a presidente da Comissão Mista de Orçamento, a deputada Flávia Arruda (PL-DF).

Segundo Coelho, a PEC emergencial será enxugada e trará apenas quatro pontos fundamentais, a serem definidos. Prates afirmou ao Valor que esses pontos seriam: “o acionamento de gatilhos, equilíbrio fiscal intergeracional, sustentabilidade da dívida e mais um ponto passível de definição”.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, procurou o presidente da Câmara, Arthur Lira, preocupado com o confronto entre Judiciário e Legislativo, com a prisão do deputado Daniel Silveira. Ele teme que o confronto dificulte o andamento de projetos da pauta econômica, e a inclusão na PEC emergencial de uma cláusula de calamidade pública que, em sua avaliação, viabilizará a retomada do auxílio emergencial, do ponto de vista fiscal. Lira, que já tinha se reunido com Bolsonaro para tratar do assunto, buscou tranquilizar o ministro, segundo o jornal.

“Ficou ajustado na reunião de líderes do Senado que pautaremos a PEC emergencial. O parecer será apresentado entre hoje [quinta-feira] e segunda-feira pelo relator”, afirmou Lira ao Valor.

5. Radar corporativo

Além de Petrobras, o destaque fica para o resultado do IRB. O ano de 2020 terminou com um prejuízo líquido acumulado para o ressegurador de 1,5213 bilhão, ante lucro de R$ 1,210 bilhão no mesmo período de 2019. No quarto trimestre do ano passado, o prejuízo totalizou R$ 620,2 milhões, comparável a um lucro de R$ 654,4 milhões nos últimos três meses de 2019 e ante o prejuízo de R$ 229,8 milhões no terceiro trimestre de 2020. A empresa divulgou seus números no final da noite da última quinta-feira (18).

A JHSF Participações reportou após o fechamento na quinta uma queda de 10,4% no lucro líquido no quarto trimestre de 2020, de R$ 211 milhões para R$ 189,2 milhões, na comparação com o mesmo período do ano anterior. No acumulado de 2020, houve alta de 98,6%, para R$ 638,9 milhões. A receita líquida consolidada subiu 111% nos últimos três meses do ano, a R$ 394,6 milhões. No acumulado de 2020, houve alta de 84,4%, a R$ 1,17 bilhão.

Já a Locaweb anunciou que assinou contrato de compra e venda de ações da Credisfera, uma fintech. A operação foi realizada por meio da subsidiária Tray pelo valor de R$ 26,6 milhões. O Conselho da Raia Drogasil aprovou a compra de 100% da Techfit. A Vale criou diretoria executiva para sustentabilidade, a Unidas aprovou a emissão de R$ 450 milhões em debêntures

Para estrategista-chefe da XP, mudança histórica abriu oportunidade para um grupo específico de ativos na Bolsa. Clique aqui ou deixe seu e-mail abaixo para saber de graça como aproveitá-la.

palavras-chave: Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta sexta-feira – 19/2; invistaja.info;

FARIA LIMA | mercados | invistaja.info – Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta sexta-feira – 19/2

Notícias relacionadas:

Com vacinas a conta-gotas, imunização no Brasil é uma das mais caras do mundo, diz ex-diretor da Anvisa

Bolsonaro critica Petrobras após reajuste de combustíveis e diz que “alguma coisa vai acontecer nos próximos dias”

Ações da Embraer viram e fecham em queda de 1,7%; Vale e siderúrgicas sobem e Petrobras recua

Por que o rendimento dos treasuries em alta e o aumento nas vendas do varejo nos EUA preocupam o mercado?

Publique seu negócio no invistaja.info

Resumo do mercado

Assine grátis nossa newsletter semanal

Suas informações não serão compartilhadas com terceiros e também não enviaremos promoções ou ofertas.

Publicidade

Newsletter invistaja: receba um resumo semanal dos principais movimentos do mercado

Suas informações não serão compartilhadas com terceiros e também não enviaremos promoções ou ofertas.

Publicidade