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S&P 500 vai subir este ano? Caos tarifário embaralha projeções: “Erramos feio”

Diante do cenário incerto, diversos bancos revisaram suas projeções, e analistas admitem dificuldade em apontar alvo para ações americanas

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Os principais estrategistas de Wall Street foram surpreendidos neste ano, após errarem ao prever os impactos das políticas comerciais agressivas do presidente Donald Trump sobre o mercado de ações.

Apesar da volatilidade e incertezas, a maioria ainda aposta em alta para o S&P 500 até o fim de 2025 — uma visão otimista que ignora precedentes históricos, mesmo sem considerar o impacto das tarifas globais impostas pelos EUA.

“Isso é uma ilusão”, afirmou Peter Berezin, estrategista-chefe da BCA Research, um dos poucos que projetam queda no índice até dezembro. “Qualquer recuperação será passageira.”

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Na semana passada, o S&P 500 reagiu positivamente, mas ainda acumula queda de cerca de 9% no ano. Na terça-feira, o índice havia perdido 15% em 2025, antes de se recuperar após Trump anunciar, na quinta-feira, uma suspensão de 90 dias para parte das tarifas.

“Erramos feio”, disse Savita Subramanian, estrategista do Bank of America. “Modelar tarifas é uma tarefa inútil.”

Queda histórica

A queda de 15% tem peso histórico. Desde 1957, isso só ocorreu 16 vezes até o início de abril. Em apenas três delas — 2020, 2009 e 1982 — o mercado terminou o ano no azul, sempre com suporte direto do Federal Reserve.

Diante do cenário incerto, diversos bancos revisaram suas projeções. Subramanian reduziu sua estimativa para o S&P 500 de 6.666 para 5.600. Goldman Sachs, SocGen, Evercore ISI, RBC e outros também cortaram suas metas. Ed Clissold, da Ned Davis Research, baixou seu alvo para 5.550, prevendo 50% de chance de recessão.

Mesmo assim, a maioria ainda espera alta. Apenas Berezin (4.450) e Dubravko Lakos-Bujas, do JPMorgan (5.200), projetam o índice abaixo do patamar atual. A média das estimativas é de 6.067 pontos, cerca de 13% acima do fechamento da sexta-feira.

A diferença entre a maior e a menor projeção já é a maior em registros desde 2000: mais de 2.500 pontos.

O maior obstáculo para os analistas é a imprevisibilidade da política comercial de Trump. Na semana passada, ele adiou tarifas apenas 13 horas após elas entrarem em vigor, gerando uma alta de 9,5% no S&P 500.

O embate com a China teve viradas semelhantes: os EUA elevaram tarifas para 145%, a China reagiu com 125%, e depois Trump anunciou isenções para eletrônicos — mas no domingo voltou atrás, dizendo que as tarifas serão apenas substituídas por medidas setoriais.

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Caos no modelo

“Não estávamos preparados para isso”, disse Scott Chronert, estrategista do Citi, que cortou sua previsão de 6.500 para 5.800.

Julian Emanuel, da Evercore ISI, reduziu sua projeção para 5.600, mesmo assim prevendo alta de 27%. “Jamais pensamos que Trump seria tão extremo”, disse. Já Manish Kabra, do SocGen, baixou sua estimativa para 6.400, alertando para uma “crise de confiança”.

As perspectivas para o PIB dos EUA também foram revistas: de 2,3% para 1,8%, segundo economistas, à medida que os efeitos das tarifas se intensificam.

John Stoltzfus, da Oppenheimer, cortou sua meta de 7.100 para 5.950. “Seria embaraçoso revisar a projeção depois de ter a mais alta da Street. Mas se Trump resolver tudo e o mercado voltar a subir?”, ponderou.

Aposta na temporada de resultados

Os analistas mais otimistas ainda apostam em uma temporada de balanços forte. Tom Lee, da Fundstrat, manteve sua projeção de crescimento de lucros à espera de uma trégua na guerra comercial.

A expectativa de consenso é de alta de 8,7% no lucro das empresas do S&P 500 em 2025, abaixo dos quase 13% esperados no início do ano, mas ainda acima da média da última década.

Alguns já começaram a ajustar suas projeções: David Kostin, do Goldman Sachs, cortou seu lucro por ação estimado de US$ 268 para US$ 253. Lori Calvasina, do RBC, reduziu de US$ 271 para US$ 258. Mike Wilson, do Morgan Stanley, baixou para US$ 257, e Chronert, do Citi, para US$ 255.

Até os mais otimistas estão questionando suas convicções. Ed Yardeni, da Yardeni Research, revisou sua meta anual para o S&P 500 duas vezes — algo que não fazia desde 2018.

©2025 Bloomberg L.P.

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