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Como era esperado, Xi Jinping, foi reconduzido ao cargo de secretário Geral do Partido Comunista da China, após o 20° Congresso do PCC, encerrado neste domingo em Pequim após uma semana de reuniões internas. O presidente fortaleceu sua posição a ponto de conseguir manter apenas aliados diretos no Comitê Permanente do Politiburo, que reúne os sete homens mais poderosos do país.
Especialistas em todo o mundo têm feito avaliações do que pode acontecer com a potência econômica asiática com essa concentração de poder que não se via desde a liderança de Mao-Tsé Tung.
Para Kalpit A Mankikar, bolsista do programa de Estudos Estratégicos do Observer Research Foundation (ORF), sediado na Índia, mais que a centralização do poder num indivíduo, a grande lacuna após o Congresso é que não despontou, até o momento, nenhum visível sucesso para Xi. “Um grande país como a China precisa de uma linha de sucessão definida. E qualquer vazio pode arriscar as chances de tensões políticas”, afirmou em artigo.
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A recondução de Xi Jinping ao cargo máximo da nação por si só já quebrou a regra não escrita de que o secretário-geral só deveria ser eleito para dois mandatos de cinco anos. Eleito pela primeira vez em 2012, Xi vai para seu terceiro mandato. A decisão também contraria o histórico de que os líderes se aposentassem após os 68 anos: ele já tem 69.
Além disso, o presidente também fortaleceu o chamado “Exército de Zhejiang”, nome dado ao grupo de aliados e assessores que acompanham Xi desse que ele comandava o Partido naquela província.
Os grupos anteriores que ainda tinham alguma influência no PCC perderam totalmente seu espaço. O primeiro-ministro Li Keqiang, que representava a Liga da Juventude Comunista, sequer fará parte do Comitê Permanente. Um dos maiores defensores da modernização e abertura da economia chinesa, Keqiang era protegido do ex-presidente Hu Jintao – que protagonizou uma cena dramática no 20° Congresso no sábado, ao ser conduzido para fora da reunião e aparentando algum grau de confusão mental. Ele tem 80 anos.
O outro grupo que agora pertence ao passado é a chamada “Gangue de Xangai”, que teve como último expoente o ex-secretário-geral Jiang Zemin, que ficou no poder até 2003.
Quem subiu na hierarquia foram os aliados mais próximos de Xi: Li Qiang, responsável por aplicar a política de covid zero no país, ordenando seguidos lockdowns, mesmo à custa de prejuízo de sua imagem pública, é agora o número 2 do partido.
Subiram também Zhao Leji, que comandou o temido comitê de inspeção disciplinar, órgão que afastou por acusações de corrupção vários adversários de Xi, e Wang Huning, acadêmico e principal ideólogo do partido, que criou o slogan “Sonho Chinês” da gestão de Xi Jinping.
Os demais membros do Comitê Permanente são Ding Xuexiang, principal assessor de Xi Jinping, e Cai Xi, que vai assumir órgão anticorrupção.
E agora?
No encerramento do Congresso do PCC, Xi Jinping disse numa entrevista para mais de 600 jornalistas que a China abrirá mais suas portas para o resto do mundo. “Seremos firmes no aprofundamento da reforma e na abertura geral, e na busca de um desenvolvimento de alta qualidade. Assim como a China não pode se desenvolver isolada do mundo, o mundo precisa da China para seu desenvolvimento”, afirmou.
Esse fortalecimento da posição chinesa no mundo foi a tônica também de seu discurso inicial da reunião, há uma semana. Segundo o Center for Strategic & International Studies (CSIS), nesse discurso Xi combinou um tom confiante com avisos sombrios de ameaças iminentes para o país.
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O presidente chinês disse que a nação está entrando em um período “no qual oportunidades, riscos e desafios estratégicos são simultâneos” e que “incertezas e fatores imprevistos estão aumentando”. No relatório completo divulgado após a fala resumida do líder ficou bastante claro que ele se referia aos bloqueios criados para interromper os avanços econômicos e científicos do país
O CSIS comparou esse discurso com o proferido em 2017, na abertura do 19° Congresso, e relatou que a palavra “segurança” foi utilizada 91 vezes na semana passada, contra 54 menções há cinco anos. As menções a “estratégia” ou “estratégico” também subiram, enquanto “militares” e “força”, mantiveram quase o mesmo padrão.
O novo relatório, aponta o centro de estudos, cita a unificação de Taiwan como “um requisito natural para realizar o rejuvenescimento da nação chinesa” e, embora não tenha fornecido um cronograma de reunificação, deixou claro que vai se opor à “interferência estrangeira” no assunto em questão.
Economia
Sobre as questões econômicas, um ponto fraco no momento, Xi Jinping disse na entrevista que a economia chinesa tem grande resiliência e potencial, que seus fundamentos são forte e que não mudarão. Segundo a agência oficial Xinhua, ele disse ainda que a segunda maior economia do mundo está caminhando em um modelo de modernização nunca visto antes.
Na última década, o PIB da China cresceu de 54 trilhões de yuans (cerca de US$ 7,6 trilhões) para 114 trilhões de yuans e passou a representar 18,5% da economia mundial, um aumento de 7,2 pontos porcentuais. O PIB per capita aumentou de 39.800 yuans para 81.000 yuans.
“Devemos garantir que nosso partido centenário se torne cada vez mais vigoroso por meio da autorreforma e continue sendo a espinha dorsal forte na qual o povo chinês pode se apoiar em todos os momentos”, disse ele.
Essas declarações, segundo análises de especialistas podem apontar para um fortalecimento do Estado na economia, em detrimento do setor privado.
Ao The Wall Street Journal, Ian Chong, cientista político da Universidade Nacional de Cingapura, disse que o resultado do congresso do partido provavelmente significa mais assertividade chinesa em política externa e segurança. “Então, provavelmente, direção mais direta do partido-estado na economia”, disse Chong.
Já Ales Koutny, gerente de portfólio de mercados emergentes da Janus Henderson Investors, disse à Reuters que nomeações para o comitê mostraram que a China está passando “do pragmatismo econômico para a ideologia política”.
Temendo a manutenção da política de forte regulamentação dos últimos anos, os setores imobiliário e de tecnologia foram os mais penalizados nas sessões desta segunda-feira nas Bolsas de Hong Kong e Xangai.
Mais cedo, embora a China tivesse anunciado que seu PIB trimestral subiu 3,9% (acima do previsto), aumentaram as preocupações com o mercado imobiliário, pois as vendas de moradias sofreram queda anual de 28,6% entre janeiro e setembro.
(Com agências)
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